_Economia projetada em escola-modelo do projeto será de R$ 5.553 por mês com sistema de captação de água da chuva_
Um projeto desenvolvido pela Defesa Civil em parceria com a Secretaria de Educação (Seduc) envolvendo a captação e armazenamento de água da chuva terá impacto positivo no consumo mensal das escolas municipais de Campina Grande. O projeto realizado por estudantes de engenharia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), através da Defesa Civil, realizou um estudo tendo como modelo a Escola Municipal Dr Williams de Souza Arruda, no bairro das Malvinas, onde projeta-se economia de 26% no consumo de água.
De acordo com o secretário de Educação, Raymundo Asfora Neto, o projeto será implantado em duas escolas inicialmente, sendo ampliado de forma gradual para toda a rede. “Projetos como esse não apenas otimizam a gestão pública, mas também conseguem incluir essas experiências positivas no dia a dia dos estudantes. Não falamos apenas de economia no consumo de água, que já seria algo muito relevante. Há impactos também na cultura de cada indivíduo, que pode multiplicar essas ações para toda a comunidade da vida escolar e em casa, no cotidiano”, detalha.
A estagiária da Defesa Civil, Gabrielle Souza, explica que o cenário de estiagem do semiárido somado à atual crise sanitária enfatiza a importância de ações de aproveitamento das águas da chuva. “Uma vez que ocorra a reabertura das escolas, espera-se que aumente ainda mais o consumo de água para garantir os protocolos de higienização, que devem perdurar por um tempo. O aproveitamento de água de chuva contribui não apenas para garantir o abastecimento de água, mas também contribui com a mitigação de desastres naturais”, explica.
O estudo base foi realizado com a Escola Municipal Dr Williams de Souza Arruda. “Com base nesses estudos, percebemos que com a utilização da água da chuva para serviços de limpeza e regas de jardins, a economia mensal de água para essa escola seria na faixa de 26%. Aliada a captação de água da chuva a dispositivos poupadores, a economia de água poderia chegar a 61%. Ou seja, mais da metade da conta de água, promovendo uma economia mensal de R$5.553 somente nessa escola, o que seria um alívio também para os cofres públicos”, afirma.
_Implantação_
A implementação do projeto será feita inicialmente nas escolas municipais Paulo Freire, no bairro do Mutirão, que enfrenta problemas de abastecimento de água com a concessionária do serviço, e na Escola Mariinha Borborema, localizada no bairro de Três Irmãs, que enfrenta alagamentos recorrentes em épocas de chuva.
